Em 31 de março de 1964 a democracia brasileira foi interrompida por um golpe que instaurou, no país, uma ditadura com duração de 21 anos. No período, o direito à liberdade de expressão foi suspenso, com censura à imprensa e perseguição àqueles que se manifestavam contra ou criticavam o governo vigente.

O DOPS, com suas filiais regionais nomeadas Seção de Ordem política e Social (SOPS), era um dos departamentos encarregados de registrar, perseguir e reprimir àqueles cidadãos considerados subversivos.

Mestranda em história e arquivista do Instituto de Memória Histórica e Cultural da UCS (IMHC), Janaina Vedoin Lopes, que pesquisa sobre a temática desde 2011, elucida registros históricos sobre o período. Ela fala a respeito dos documentos da SOPS de Caxias do Sul e do processo de abertura dos arquivos da ditadura em nível nacional. Também explica que não eram apenas os guerrilheiros de esquerda que sofriam repressão do regime e destaca como países próximos, como a Argentina, lidam com as memórias de seus períodos totalitários.

Foto de capa: Evandro Teixeira